domingo, 22 de março de 2009

Dia Internacional do TO (matérias)

domingo, 22 de março de 2009
De Santo André - SP
Diário do Grande ABC
Arte que forma cidadãos-->
Roseane CastilhoEspecial para o Diário

( Ver no Original : http://cultura.dgabc.com.br/default.asp?pt=secao&pg=detalhe&c=4&id=5734607&titulo=Arte+que+forma+cidadaos)

O TO (Teatro do Oprimido), criado por Augusto Boal, tem como princípio a democratização do teatro, bem como a quebra da chamada quarta parede teatral, proporcionando uma comunicação direta entre atores e público.
"Nosso projeto não é que eles sejam atores, mas sim atores sociais". diz Armindo Rodrigues Pinto, orientador do Grupo de Teatro do Oprimido Revolução Teatral, de Santo André, quanto à busca dos núcleos dessa vertente artística. Chamado de coringa, ele tem a função de propor exercícios aos integrantes para que eles se descubram sozinhos.

Mudanças - "Um professor ou diretor ensina, o coringa puxa da pessoa para que ela possa se descobrir como ator e cidadão", explica Douglas Souza Martins, 18, que está no grupo desde o início.
Douglas chegou ao Teatro do Oprimido (TO) em uma oficina ministrada há cerca de um ano. "Antes eu era um objeto da sociedade, que não tinha ideia de nada. Agora, eu sou um sujeito, eu faço minha história e minha vida".

Atualmente, ele é um multiplicador dos conceitos de TO, como coringa do grupo Realidade Cruel. "O TO possibilita conhecer sua própria história. Afinal, tem que se conhecer para poder debater", explica.

Outra integrante que também sentiu essa mudança na vida é Janeleide Vieira, 18. "As pessoas falavam e eu abaixava a cabeça. O Teatro me deu uma nova visão de vida, de batalhar pelos meus sonhos", conta Jane, como é conhecida.
Hoje, ela está no Curso Avançado da Escola Livre de Dança e dá aulas em uma escola em Santo André.


Como multiplicadores, ambos serão coringas de uma Oficina que será ministrada no dia 13 de maio, no Instituto Pólis, em São Paulo.

Conquistas - O histórico do Teatro do Oprimido em Santo André trouxe reconhecimento mundial. De acordo com Armindo, nos 12 anos de projeto, os diversos grupos já visitaram, entre outros lugares, Cuba, Portugal, Itália e Canadá. "Mais de 40 estudiosos, pesquisadores e praticantes estrangeiros vieram até aqui acompanhar os trabalhos", completa.
Outra conquista tem sido junto ao Instituto de Artes da Unesp (Universidade Estadual Paulista), que dará bolsas de estudo de licenciatura em arte-teatro aos alunos interessados em acompanhar o Revolução Teatral.

Mas sem o apoio da Prefeitura, o grupo já sentiu o primeiro baque: não conseguiu arrecadar dinheiro suficiente para participar do Encontro Nacional de Coringas de TO, no último dia 14, no Rio, onde se encontraria com Augusto Boal.

DE Londrina:

DE SC



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